quinta-feira, 22 de outubro de 2009
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
OBJETO: LUMINÁRIA
Buscou-se trabalhar a luminária como um objeto para transmitir a vanguarda cubista. Logo, pelo fato do cubismo ser constituído por três períodos, trabalhou-se com a forma triangular, também pelo fato de que o cubismo remete a pontas.
O primeiro período chama-se cubismo cezaniano (pré- analítico): fase inicial do cubismo. Baseava-se na obra de Cézanne, sobretudo no carácter analítico das formas e planos de cor, que influenciou a análise de paisagens e objectos.
O segundo período chama-se Analítico, que tem por característica a desestruturação da obra em todos os seus elementos. Decompondo-a em partes o artista registra todos os seus elementos suscessivos e superpostos procurando a visão total da figura, examinando-a em todos os ângulos no mesmo instante, através da fragmentão desta.
Seguindo esta linha, o terceiro periodo conceituado como sintético ou de colagem, decorre do começo da utilização de elementos tais como letras, bocados de madeira, cartas, estes eram introduzidos numa tentativa de estimular a visão. Além disso o cubismo de colagens não visa explorar a expressão ou a decoração, mas sim a realização da própria peça enquanto obra de arte.
Desta forma, foram escolhidas diferentes imagens para a colocação nas faces da luminária, na primeira face pensou-se na arquitetura, mas sem deixar de lado as artes, que com certeza foram as mais difundidas nesta vanguarda, utilizou-se como plano de fundo a Chochol House, aplicando sobre esta uma pintura inspirada no retrato de Ambroise Volard, também de Picasso, que utiliza de formas geométricas e tons terrosos, este tipo de obra pertence ao cubismo Cézanniano ou Pré-analítico.
A face maior,é uma obra de Picasso, chamada Olga, o amor mais famoso do pintor, o qual também é ícone inconfundível do cubismo, essa obra de arte é da segunda fase cusbista também chamado de cubismo Analítico.
Na terceira fase cubista, chamada sintética, as colagens estavam em alta, sendo assim na última face da luminária criou-se uma colagem inspirada na época estudada, usando-se de fotografias do grupo, deixando explicita nossas identidades.
A luz da luminária representa nesta obra que novas idéias estavam surgindo, como um tempo de iluminação criativa, que os artistas se preocupavam cada vez mais em romper com a rotina e se destacar como intensos inovadores.
O acrilico utilizado, faz referência ao vidro que em muitas obras cubistas que relembravam a vidros estilhaçados, trazendo a identidade tão singular que esta vanguarda apresenta.
Cabe ressaltar que apesar de cada face estar representando de modo direto ou indireto os periodos do cubismo, houve a intenção de invadir uma obra a outra para que haja uma interpenetração das mesmas, transmitindo a transiçao dos periodos e não tornando-os tenues, fazendo que cada espaço interaja um com o outro tornando-se um só objeto mas que apresente os três períodos.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Cubismo
A vanguarda cubista, foi um movimento artístico que surgiu no século XX e foi considerado o mais influente deste período. Com suas formas geométricas representadas, na maioria das vezes, por cubos e cilindros, a arte cubista rompeu com os padrões estéticos que primavam pela perfeição das formas na busca da imagem realista da natureza. A imagem única e fiel à natureza, tão apreciada pelos europeus desde o Renascimento, deu lugar a esta nova forma de expressão onde um único objeto pode ser visto por diferentes ângulos ao mesmo tempo.
A qualidade provocativa de toda a arte cubista deriva de sua ambivalência entre a representação e a abstração. No limite da dissolução do objeto em suas partes componentes, as alusões ao mesmo oscilam dentro e fora da consciência.
Historicamente o Cubismo se dividiu em duas fases:
• Cubismo Analítico - caracterizado pela desestruturação da obra em todos os seus elementos. Decompondo a obra em partes, o artista registra todos os seus elementos em planos sucessivos e superpostos, procurando a visão total da figura, examinado-a em todos os ângulos no mesmo instante, através da fragmentação dela. A cor se reduz aos tons de castanho, cinza e bege.
• Cubismo Sintético - reagindo à excessiva fragmentação dos objetos e à destruição de sua estrutura. Basicamente, essa tendência procurou tornar as figuras novamente reconhecíveis. Também chamado de Colagem porque introduz letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos inteiros nas pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção do artistas em criar efeitos plásticos e de ultrapassar os limites das sensações visuais que a pintura sugere, despertando também no observador as sensações táteis.
Cabe ressaltar ainda que, geralmente são citadas três fases do Cubismo, contudo, esses termos não são considerados adequados, uma vez que tentam estabelecer grandes diferenças estéticas dentro de um estilo em processo de definição e evolução. Embora não seja o correto, apresentar-se-á o que chamam de primeira fase das demais:
• Cubismo Cézanniano: também chamado de pré-analítico foi a fase que iniciou o movimento do cubismo. Baseava-se na obra de Cézanne, sobretudo no carácter analítico das formas e planos de cor, que influenciou a análise de paisagens e objetos. A poderosa sensação de volume, peso, corpo e espaço, compensavam as perdas. A abstração predomina no fundo, assim como, o amarelo e sombreados laranja-escuro.
Seguindo esta linha de pensamento, esta vanguarda, pretende representar os objetos, abstraindo a sua “aparência imediata”. Além disso, como adversários da representação direta dos objetos, pretendiam, partindo da ciência e dos seus métodos, criar uma arte inteiramente nova, que se dirigisse especialmente á inteligência e ao espírito. Apesar de ser considerado um ato de percepção individual, o movimento possuía coerência; ressaltando ainda, a inspiração na arte africana (sua "racionalidade") e no princípio de "realização do motivo" de Cézanne.
O pintor Cubista, representa simultaneamente na tela, vários aspectos de um mesmo objeto, ou seja, representa aquilo que conhece ou entende ser o objeto, e não apenas a imagem óptica desse objeto, bem como descarta completamente a intenção de imitação. O Cubista, rejeita a representação num espaço pictórico projetado para além do plano do quadro, em vez disso, cria um espaço “estreito”, que aceita a materialidade objetiva da tela, e nesta desenvolve uma superfície onde os objetos plásticos se situam e se inter-relacionam.
Em decorrência disso, em 1912, surge a técnica inovadora da colagem, tentando demonstrar que o quadro pode ser um objeto capaz de sensibilizar o observador, apenas pela simples disposição dos elementos materiais que o compõem; e que, por outro lado, não é necessário que estes elementos tenham qualquer afinidade entre si (areia, vidro, espelho, tecido, etc.), podendo mesmo ser objetos do cotidiano investidos com um valor estético.
Cita-se como principais características cubistas:
• geometrização das formas e volumes;
• renúncia à perspectiva;
• o claro-escuro perde sua função;
• representação do volume colorido sobre superfícies planas;
• sensação de pintura escultórica;
• cores austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave.
Após ter início com Braque e Picasso, vieram a aderir ao Cubismo, Fernand Léger em 1908; Robert Delaunay, Gleizes, Le Fauconier, Metzinger, Francis Picabia e o escultor russo Archipenko em 1909; Roger La Fresnaye, Marcoussis, Jacques Villon (Gaston Duchamp) e seu irmão Marcel Duchamp em 1910; a adesão de Juan Gris e a fundação do “Salon de la Section d’Or”, em 1911.
O cubismo teve influencia na França, Europa, EUA, Portugal e no Brasil. Neste somente após a Semana de Arte Moderna de 1922. Mesmo assim, não encontra-se artistas com características exclusivamente cubistas em nosso país. Muitos pintores brasileiros foram influenciados pelo movimento e apresentaram características do cubismo em suas obras. Neste sentido, podemos citar os seguintes artistas : Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcanti.
O fim do movimento cubista deve-se à eclosão da Primeira Guerra Mundial, em agosto de 1914. Não obstante, pelas suas características abstratas, foi bastante adaptável, inspirando movimentos como o futurismo, o orfismo, o purismo e o vorticismo.
Cubismo na Escultura
A escultura cubista, cujos principais nomes formam Brancusi, Gonzalez, Archipenko, Lipchitz, Duchamp-Villon e Henri Laurens, desenvolveu-se separadamente da pintura, apesar do intercâmbio inicial de idéias-chave. Entre os escultores, Duchamp-Villon, merece ser citado. É considerado um dos primeiros escultores cubistas e realizou uma tentativa de conceituação da escultura cubista, relacionando-a à arquitetura. A peça em bronze "O Cavalo", com seu efeito dinâmico, é um bom exemplo de sua obra.
Diante do exposto, o grupo observa, que o cubismo é uma forma de o artista se expressar com maior liberdade, sem ter que estar preso á forma de um modelo, podendo criar conforme a sua imaginação e inspiração.
Exemplos de obras das fazes do cubismo:
Cubismo Cézanniano
Paul Cézanne, Monte Santa Vitória (1902-04). Óleo sobre tela, 69.8 x 89.5 cm Museu de arte da Philadelphia.
Cubismo Analítico
Georges Braque, Mulher com guitarra, 1913, óleo sobre tela, 130x73cm, Museu Nacional de Arte Moderna, Centro Georges Pompidou, Paris.
Cubismo Sintético
Juan Gris, Homem no Cafe, 1914, oléo e colagem sobre tela, 99 x 72 cm Acquavella Galeria, Nova York.
Principais Artistas Cubistas.
Picasso e Braque, utilizavam linhas curvas, demonstrando que o Cubismo não necessariamente teria que ser pintado em formas de cubos, mas teria que oferecer uma visão tridimensional num plano de duas dimensões. Eles tomaram aspectos de cenas que não poderiam ser visualizadas individualmente e tornaram visíveis simultaneamente.
As paisagens de Braque foram os primeiros trabalhos criados no Cubismo. Picasso foi fortemente influenciado pela arte primitiva, pelas mascaras africanas e esculturas Iberianas, podemos ver essas características no quadro "Les Demoiselles D'Avignon", pintado em 1907, que se caracteriza pela destruição de harmonia clássica das figuras e na decomposição da realidade.
De 1909–1912 O Cubismo Analítico é o estilo de pintura que Picasso desenvolve com Braque. usando cores marrons monocromáticas. Eles pegaram objetos e os analisaram em suas formas. A pinturas de Picasso e Braque eram muito semelhantes nesse período.
Após esse período, o Cubismo Sintético (1912–1914) dá continuidade a essa vanguarda. Ele é caracterizado pelo uso de fragmentos de papel (papel de parede ou jornais) que eram colados em composições, marcando o primeiro uso da colagem nas artes plásticas.
As grandes composições de Braque incorporaram o objetivo cubista de representar o mundo como pode ser visto a partir de um número de pontos de vista diferentes. Ele queria transmitir um sentimento de ser capaz de se movimentar dentro da pintura.
Braque
Obra: Mulher com uma guitarra - 1913
Picasso
Prostitutas
Diferenciação de Artes e Ofícios do Art Nouveau.
Art Nouveau: estilo muito expressivo, mais voltado para a decoração de interiores e do que é a arquitetura, foi uma arquitetura de movimento que tentou encontrar uma aparência nova para uma nova era, da qual se dava, a partir da defensão do valor artístico dos elementos, tudo era mais industrializado.
artes e ofícios
Arte nouveau
Arquitetura do ferro
Esta inovação, fora tão aceita nos padrões arquitetônicos da época, posto que, era mais rápida, resistente, leve, transparente, simples, podendo ser realizado quase tudo com o uso dessa estrutura. Além de tornar a construção mais criativa e prática. Soma-se ainda, a permissão de maior circulação, tendo a possibilidade de aumentá-la. Era ainda considerada uma construção racionalizada pelo fato de usar de elementos pré- fabricados, características que até então não eram vistas na arquitetura. No entanto, apesar de trazer todos estes atrativos e rapidez, possuía um ponto fraco, a impressão de fragilidade e tensão.
Juntamente com o ferro e aço, o concerto armado (betão), fora um novo material construtivo introduzido na época. Também teve uma grande aceitação, pelo fato de ser um elemento pré-fabricado, na qual sua produção é rápida e simples podendo ser feita no local; salienta-se ainda sua versatilidade e a extrema resistência. Outro fator contribuinte pra sua uso, foi a descoberta que o peso da estrutura podia ser reduzido, tornando a possibilidade de sobrepor um numero cada vez maior de pisos, sem a necessidade de alargamento.
O INÍCIO DO MODERNISMO
A cidade de Chicago (foto de Chicago em 1984) por causa de sua localização (dentro do eixo comercial Nova Iorque – São Francisco) tornou-se o centro da construção urbana moderna, além claro, de um incêndio em 1871 que destruiu a cidade. Cada vez mais prédios altos surgiam utilizando em metal, uma novidade.
Um arquiteto muito importante da época foi Louis Sullivam, que acreditava que os edifícios deveriam atender as necessidades emocionais quanto as físicas. Assim, sua arquitetura foi difundindo-se pelo mundo e a partir daí descobriu-se que o ferro não serviria apenas como elemento estrutural, mas também como decorativo, um exemplo disso é a Torre Eiffel de Paris, inicialmente odiada e posteriormente idolatrada tornando-se símbolo de da cidade.
Surge então a ARTE NOVA, a qual nega os modelos históricos. Nesta fase destaca-se o arquiteto Antoni Gaudi, que usava de um estilo que fazia referência à biologia m suas obras.
O modernismo aparecia em todo o mundo, nos mais variados locais, tais como residências e edifícios comerciais. “A leveza de uma rede fina de metal e vidro começava a substituir as paredes. A gaiola estrutural ia tornar-se símbolo da nova arquitetura.” Um exemplo marcante deste avanço foi a Fábrica Fagus (Berlim) de 1911, dos arquitetos Walter Gropius e Adolf Meyer. Uma nova era da arquitetura iniciava...
Arquitetura de Respeito
O principal autor da Declaração da Independência Americana , Thomas Jefferson (1743-1826) foi uma fonte de muitas contribuições para a arquitetura americana, estabelecendo a chamada arquitetura oficial dos Estado Unidos: o classicismo. Thomas Jefferson inspirado na Maison Carrée, uma importante construção romana do século II na cidade de Nîmes, na França, projetou o Capitólio do Estado, da cidade de Richmond, Virginia, um marco histórico dos Estados Unidos, sendo o primeiro grande edifício público construído a introduzir o classicismo na arquitetura americana.
Alem disso, esse templo jônico, foi uma referencia para diversos edifícios oficiais que buscam passar respeito e imponência para a sociedade, na América e em outros lugares, assim utilizavam da mesma linguagem clássica do Capitólio, utilizando frontões, colunas e uma arquitetura massiva para que as pessoas se sintam intimidadas e que respeitem esse local। Essa arquitetura neoclássica pode ser vista aqui no Brasil, principalmente em edifícios ligados a justiça e ensino.
Universidade Federal do Parana
Tribunal da justiça de Belém
Mas fica a duvida, será que é necessário e ético utilizar dessa arquitetura clássica, fazendo uma referencia ou até mesmo uma copia do passado, para criar uma arquitetura que seja respeitável e imponente? Não existem outra maneira e forma de criar uma arquitetura que passe seriedade e respeito?
domingo, 4 de outubro de 2009
Expressionismo
Nas artes plásticas, o maior precursor do expressionismo foi o pintor Vincent Van Vogh, criador de obras marcantes que tinham cores fortes, pinceladas marcadas, traços expressivos, formas contorcidas e dramáticas। Em seus quadros preocupou-se em recriar a beleza dos seres humanos e da natureza através da cor, que para ele era o elemento fundamental da pintura। Apaixonou-se pelas cores intensas e puras, sem nenhuma matização, pois elas tinham para ele a função de representar emoções।
- domínio psicológico;
- cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas;
Uma das obras mais marcantes do movimento foi O Grito (1889), pintada pelo artista Munch, onde nela a figura humana não esta representada de uma forma real, mas sim de uma maneira que a figura humana contorce-se sob o efeito de suas emoções। As linhas sinuosas do céu e da água, e a linha diagonal da ponte, conduzem o olhar do observador para a boca da figura que se abre num grito perturbador। Munch criou em suas obras pessoas vivas que respiram e sentem, sofrem e amam। A dor e a tragédia permeiam em seus quadros devido a uma tragédia familiar vivida por ele।
“Para levar nossa cultura a um nível mais alto somos forçados, gostemos ou não, a mudar nossa arquitetura। E isso só será possível se livramos as dependências em que vivemos de seu caráter fechado.
Isso, por sua vez, só será possível pela introdução de uma arquitetura de vidro que deixe entrar luz do sol, da lua e das estrelas, não só por algumas janelas, mas pelo maior numero possível de paredes, que devem ser inteiramente de vidro, de vidro colorido”
Paul Scheerbart, Glasarchitektur, 1914।
Para os arquitetos, o cenario drastico nas cidades ocasionado pela Primeira Guerra Mundial, pemetia a construção de uma nova arquitetura para a cidade, assim a arquitetura expressionista rompeu de forma mais radical a estatica do edificio, explorando a complexidade da iluminaçao e a maleabilidade dos materiais, fazendo com que a forma do edificio segui-se sua função, abolindo ornamentos desnecessarios। Os materiais mais utlizados pelos arquitetos da epoca eram o vidro, aço e o tijolo।